ID: JAT, 58 anos, masculino
HD: Esteatose hepática não alcoólica
TC abdome superior: fígado hipoatenuado difusamente. Sem
outros achados.
Esteatose Hepática
A esteatose é uma
doença metabólica que compromete difusamente o parênquima hepático e se
caracteriza pelo acúmulo de gordura nos hepatócitos. Dentre as causas,
destacam-se: alcoolismo crônico, obesidade, DM tipo II e hiperlipidemia (as 3
ultimas relacionadas à esteatose não alcoólica). Existem ainda fatores
nutricionais, metabólicos, genéticos, drogas e infecções que podem causar
esteatose hepática.
A esteatose
hepática (EH) vem sendo considerada uma afecção clinicamente significativa em
razão do aumento do risco de progressão para alterações necroinflamatórias, Estudos
indicam que a sua prevalência na população em geral pode chegar a 24%. Quando
a EHNA é diagnosticada precocemente, o seu tratamento pode evitar a progressão
para um estágio final e irreversível de cirrose hepática.
A biópsia hepática
percutânea tem sido o padrão de referência para o diagnóstico e graduação da EH,
mas trata-se de um método invasivo e com possíveis complicações.
Por outro lado,
métodos por imagem como a ultrassonografia (US), a tomografia computadorizada
(TC) e a ressonância magnética (RM) têm sido extensivamente utilizados, não
somente para a avaliação abrangente de doenças abdominais, mas especificamente
no diagnóstico da EH.
A US mesmo sendo amplamente disponível e sem
contraindicações, utiliza critérios subjetivos e pouco reprodutíveis, que não
permitem uma quantificação confiável da esteatose. A RM vem sendo considerada o
método não invasivo mais eficaz para o diagnóstico da EH, todavia, é um
procedimento caro e ainda pouco acessível no nosso meio.
A TC, por sua vez,
tem sido o meio diagnóstico mais largamente utilizado para a avaliação das
doenças abdominais e uma importante ferramenta no diagnóstico da EH. A
sensibilidade e especificidade da TC para diagnostico da esteatose hepática de
30% ou superior são elevadas. Na TC é
utilizado principalmente a fase de contrastação portal e permite a
quantificação da esteatose hepática desde que abaixo (graus 0 e 1) ou acima de
33% (graus 2 ou 3), mas não é adequada para a discriminação de cada grau
isoladamente.
Fontes:
1. Monjardim RF, Costa DMC, Romano RFT, Salvadori PS, Santos JVC, Von Atzingen AC, Shigueoka DC, D’Ippolito G. Diagnóstico da esteatose hepática pela tomografia computadorizada de abdome com meio de contraste intravenoso. Radiol Bras. 2013 Mai/Jun;46(3): 134–138.
Nenhum comentário:
Postar um comentário